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Médicos criam crânio para bebé doente

Criança britânica com síndrome de Apert foi submetida a uma cirurgia complicada, na qual se separa o crânio do paciente em partes, voltando posteriormente a uni-lo, acomodando melhor o cérebro.

Criança britânica com síndrome de Apert foi submetida a uma cirurgia complicada, na qual se separa o crânio do paciente em partes, voltando posteriormente a uni-lo, acomodando melhor o cérebro.

Finley Amey, com um ano de idade, sofre de síndrome de Apert, uma doença genética muito rara, que se caracteriza por uma anomalia craniofacial.

O rapaz apresentava também outras características desta doença, como por exemplo o facto de ter os olhos muito esbugalhados ou os dedos dos pés e das mãos colados.

Quando nasceu, os pais de Finley notaram que ele era diferente, tendo um chifre na cabeça, “como um rinoceronte”, lê-se no site da ‘Globo’.

A criança foi examinada e submetida a uma série de cirurgias, de modo a remodelar o crânio da criança e a criar mais espaço para que o seu cérebro crescesse.

David Johnson foi o médico responsável por cortar, serrar e separar as diversas partes do crânio de Finley, deixando o cérebro exposto. 

Posteriormente, o médico começa a colocar o crânio remodelado à volta do cérebro da criança, costurando o couro cabeludo do paciente de uma orelha até a outra. 

Após as cirurgias, a criança consegue, pela primeira vez, fechar os olhos.

Daqui a uns anos, Finley será submetido a outra operação para separar os ossos do seu rosto.

 

 

Portugal e Espanha unem-se para defender lince-ibérico

Portugal e Espanha unem-se para defender lince-ibérico

 

Portugal e Espanha uniram-se e estimam que até 2020 possam elevar o lince-ibérico (Lynx pardinus), mamífero classificado como criticamente ameaçado de extinção, ao estatuto de "vulnerável" no Livro Vermelho da União Internacional para a Conservação da Natureza.

 

 

 

Alforrecas tomam conta do mar

Alforrecas tomam conta do mar

Animais gelatinosos aproveitam-se das alterações climáticas para se reproduzirem

 

Se parte importante da biodiversidade mundial é ameaçada pelas alterações climáticas, outra espécie parece estar a beneficiar das mudanças na natureza: as medusas, mais conhecidas em Portugal como alforrecas. Um estudo de investigadores ingleses e irlandeses demonstra que os gelatinosos animais aquáticos da família dos cnidários reproduzem-se com o aquecimento das águas dos mares, mas também tiram proveito do desaparecimento dos peixes que são vítimas da pesca intensiva.

 

Os investigadores recolheram de forma sistemática amostras no mar da Irlanda desde 1970 e detectaram um aumento de material de cnidários desde essa data, com especial impacto entre 1982 e 1991. Uma das causas apontadas pela equipa é desde logo o desaparecimento de alguns dos principais predadores, a que se associa o aquecimento das águas.

 

Segundo o instituto de meteorologia britânico, "os mares da região Nordeste do Atlântico têm aquecido nos últimos 15 anos a um nível sem precedentes nos últimos séculos". A isto somam-se indicadores que mostram que a pesca comercial praticada durante o século passado produziu alterações no mar da Irlanda.

"À sobreexploração de arenque no final da década de 1970, por exemplo, seguiu-se um período de instabilidade no ecossistema durante os anos 80, em que o crescimento de material de cnidários atingiu níveis elevados, o que indica um surto de alforrecas", explica a equipa científica.

 

Mudanças que levam a temer que no futuro os oceanos sejam dominados por medusas, ou aquilo a que em Portugal se chama alforrecas. Seres que, nas palavras de Christopher Lynam, co-autor do estudo, "se conseguem reproduzir rapidamente e adaptar a condições novas".

 

A concretizar-se o pior cenário podemos vir a ter aquilo que os cientistas intitulam de "passeio interminável de alforrecas", situação em que as criaturas se estabelecem de tal forma "que torna quase impossível a reposição das comunidades de peixe que são pescadas".